Ah, o amor...
Há pouco foi o dia dos Namorados; isso faz me lembrar da minha primeira namoradinha.
Deveria ter lá meus 8, 9 anos. Era mais uma manhã de aula, e minha mãe me levou até a porta da escola. Já naquela onda de paquera, que sempre vivemos quando criança, começaram as zoações de uma possível apaixonite entre eu e a Gabi.
Ela não era aquele típico padrão de beleza: tinha umas pelanquinhas sobrado pra fora da camisa, cabelo sem brilho e embaraçado, eu um intrigante papinho. Todos fugiam dela, enquanto eu me aproximava cada vez mais. Perguntei ao Clemer, amigo de um bom tempo, o que ele achava. A resposta dele foi: "Papai sempre disse que ET's existem, mas nunca tinha visto um..."
Bem que dizem que o amor é cego...
Disse que o que ele disse era absurdo, que ela era uma gatinha e fiz juras de amor pra ela.
Bastou algumas semanas de intimidade pra nos aproximarmos mais, tanto até que... SMACK! Um estalinho, e já estávamos por aí, andando de mãos dadas e enchendo a boca ao dizer: "estamos namorando". Fui até a casa dela, onde sua mãe serviu um delicioso bife à Parmeggiana.
Cheguei em casa, marrento e com o peito estufado, dizendo aos quatro cantos: "Mamãe, comi um bife à Parmeggiana na casa da minha sogra que você NUNCA vai fazer igual!". Todos riram àquela hora.
Pra quê... até hoje todos se lembram dessa pérola, não pela fala, e sim pela circunstância.
Ah, sim, tá curioso pra saber o desfecho né? Pois bem, depois de 3 dias uma luz desceu sobre mim e vi que borrão de visão ela era, e sumi do mapa, até ela sumir de mim.
Moral da História: quem vê de fora tem visão privilegiada; se seu amigo diz que é feia, pode confiar.
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