2010-08-04

Arrumando treta

Eu sou tranquilão. Nunca arrumei confusão, no máximo troquei uns 4 chutes e pontapés com um amigo de escola, ou meu sarcasmo fazia as pessoas não terem boas reações.
Infelizmente, tudo tem a sua primeira vez...

Estavam eu e a galera na boate. Era por volta de umas 11 da noite, e o bate-estaca estancando na pista de dança. Depois de uns coquetéis, todos viram pés-de-valsa e comigo não era diferente: criei coragem, cortei a multidão e fui curtir a
vibe. Empurra daqui e dali, consegui chegar até lá. Daí então, em estado de aligria começam aqueles passinhos: "Limpa o ouvido, limpa o outro... corre, corre, corre... desliiiiiza..." e por aí vai. Meio que fora de mim, comecei a tentar imitar o pessoal do psytrance e seus passos de rebolation...

Quando dei por mim, estava no ambiente do funk. Eu, como um grande
detestador de funk, pensei: f&#eu... Comecei a gritar: Quem colocou essa merda?! Volta pro trance, volta pro trance!
Silêncio na pista. Todos os abas-reta e os manos ViDaLoKa me encarando... Agora sim pensei com todas as minhas forças: fu%$u!!!
Um deles veio pra cima de mim e disse:

-
Que que tu falô aê, mano?...

Com o rabo entre as pernas, disse:

-
Nada não, parceiro...
- Parceiro é o c@#$%&, quem tem parceiro e bicha!

De novo, com todas as energias:
fu&%u...

Começou a vir aquela bonezada pra cima de mim... Só gente louca: de Ecko, Lacoste, com garrafas de Red Label e ice, todos vindo Di BoMdAuM... Começou até a passar minha vida diante dos meus olhos... Minha sorte é que lá dentro tinham bastantes seguranças, que quando fui empurrado contiveram a revolta...












...Pena que não tinha seguranças do lado de fora... Lá juntaram uns 4 dos manolos¹ e me desceram a surra. Bem que consegui escapar pouco machucado, graças ao apoio de alguns samaritanos, mas que doeu, doeu...

Desse dia em diante, aprendi que devo olhar bem ao redor antes de dizer algo...
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¹manolo:
gíria idiomática para mano louco.

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